13/06/2012 | ECONOMIA
                        
                        
                        
                            
                            
                             Repasse do IGD-M refere-se a março e se destina a aprimorar a gestão do programa 
de transferência de renda, levando em conta frequência escolar, agenda de saúde, 
atualização cadastral e cadastro válido.
Um montante superior a R$ 35,2 
milhões foi repassado aos municípios pelo Ministério do Desenvolvimento Social e 
Combate à Fome (MDS), referente ao Índice de Gestão Descentralizada Municipal 
(IGD-M) de março. Os recursos são repassados mensalmente e devem ser aplicados 
exclusivamente em ações administrativas para aprimorar a gestão local do Bolsa 
Família e do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.
É 
importante que as prefeituras apliquem parte desses valores na busca ativa das 
famílias extremamente pobres que ainda não estejam no Cadastro Único, e na 
atualização cadastral. As duas ações são fundamentais para a superação da 
extrema pobreza proposta pelo Plano Brasil Sem Miséria. Ainda existem famílias 
que moram próximo a lixões, em áreas invadidas ou de difícil acesso, que 
precisam localizadas e cadastradas para ter acesso aos programas 
sociais.
A Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc) do MDS 
explica que o montante destinado a cada cidade é calculado com base no 
desempenho municipal no monitoramento da frequência escolar, na agenda de saúde 
dos beneficiários e nas taxas de cadastro válido e atualização cadastral. Quanto 
maiores os percentuais das quatro taxas, maiores serão os volumes de recursos a 
receber. O indicador foi criado em abril de 2006 para apoiar financeiramente os 
municípios na gestão compartilhada do programa.
Do total de 5.565 cidades 
existentes no Brasil, 5.114 receberam o IGD-M referente a março porque cumpriram 
as exigências mínimas no desempenho do programa: execução de 55% do total das 
atividades, combinado a um mínimo de 20% no monitoramento da frequência escolar, 
agenda de saúde em dia, atualização cadastral e cadastro válido. Além dos 
índices mínimos, numa escala que varia de zero a um, as prefeituras precisam ter 
assinado o Termo de Adesão ao Bolsa Família, estar habilitadas ao Sistema Único 
de Assistência Social (Suas) e ter as contas aprovadas pelo Conselho Municipal 
de Assistência Social.
Os valores são calculados pela Senarc com base nos 
percentuais mensais da gestão municipal, levando em consideração o valor de R$ 
3,25 por família com cadastro válido e atualizado. O montante é destinado via 
Fundo Nacional de Assistência Social a cada prefeitura que atendeu ao critério 
para o Fundo Municipal de Assistência Social. A prestação de contas da 
utilização do IGD-M precisa ser aprovada pelo Conselho Municipal de Assistência 
Social.
As regras estabelecidas pelo MDS impediram que 451 cidades 
recebessem os recursos referentes a março. Essas suspensões não afetam o 
pagamento mensal dos benefícios às 13,5 milhões de famílias atendidas pelo 
programa. Elas continuam sacando os valores nos postos de atendimento da Caixa 
Econômica Federal, por meio de cartão e senha pessoal.
Prestação de 
contas – Os municípios devem ficar atentos ao prazo para prestar contas da 
aplicação do IGD-M de 2011 no Suasweb, sistema disponível na página eletrônica 
do ministério. O preenchimento do demonstrativo físico-financeiro deve ocorrer 
até 31 de julho. O parecer do Conselho Municipal de Assistência Social sobre a 
prestação de contas precisa ser registrado até 31 de agosto. Caso os prazos 
estabelecidos não sejam respeitados, as prefeituras terão os repasses do IGD 
suspensos, quando ocorrerem os pagamentos referentes a julho e agosto, e só 
voltarão a recebê-los quando as pendências forem corrigidas.
Estados – Os 
estados também recebem recursos no mesmo formato para apoiar ações do programa e 
de cadastro. Eles receberam em março R$ 1,4 milhão referentes às ações 
desenvolvidas em apoio a seus municípios. A única exceção foi Santa Catarina, 
que não fez o registro da aprovação de suas contas pelo Conselho Estadual de 
Assistência Social no sistema do Suasweb e, por isso, ficou sem os recursos. O 
modelo do Índice de Gestão Descentralizada Estadual (IGD-E) se baseia no 
critério de desempenho e segue os mesmos princípios do IGD-M.
Para 
aumentar os montantes, que são atualizados mensalmente, os governos estaduais 
terão que ajudar as cidades localizadas em seus territórios a melhorar o 
monitoramento da frequência escolar, agenda de saúde, atualização cadastral e 
cadastro válido. (Fonte: MDS)