A UPB deve realizar hoje uma das disputas mais acirradas de sua 
história, tendo como candidatos dois prefeitos do PSB, Maria Quitéria, do 
município de Cardeal da Silva, e Wilson Cardoso, da cidade de Andaraí. Ontem, 
ambos deram as últimas cartadas rumo à conquista dos votos dos 360 gestores municipais que estão 
habilitados a participar da votação, que ocorrerá entre as 9h e 17h, na sede, no 
CAB.
Quitéria reúne mais apoios governistas, com uma chapa com maior proeminência 
de petistas, enquanto Cardoso tem em sua base eleitoral, prefeitos ligados ao 
governo, mas também oposicionistas.
Entre as propostas semelhantes dos dois está à articulação dos prefeitos na 
derrubada do veto presidencial para a redistribuição equilibrada dos royalties 
do petróleo e o pedido de políticas compensatórias referentes à perda no Fundo 
de Participação dos Municípios (FPM).
Ontem, Cardoso reuniu cerca de 100 prefeitos e outras 60 lideranças, entre 
deputados estaduais e federais em um almoço, realizado no restaurante Sal e 
Brasa. Por sua vez, a prefeita de Cardeal da Silva, que atualmente é uma das 
vice-presidentes da entidade, promoveu um jantar no Hotel Fiesta Convention, no 
Itaigara. Segundo ela, cerca de 200 prefeitos haviam confirmado presença no 
ato.
Nos corredores da entidade houve quem acusasse ela o presidente atual, 
Luiz Caetano de usarem a máquina em favor da eleição, fato desconsiderado pela própria que reafirmou a “candidatura 
consensual”.
O prefeito de Andaraí se animou com a adesão a sua candidatura, que segundo 
ele, ocorreu de forma natural. Ele conseguiu barrar o nome de Caetano da 
comissão eleitoral, que foi substituído por Marcos Cardoso, ex-prefeito de 
Santana e atual 1º secretário da UPB.
“A UPB é suprapartidária. Não é uma secretaria de Estado, mas sim uma 
entidade dos prefeitos. Quando vejo lideranças como o deputado federal José 
Carlos Araújo (PSD) e o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB) aqui isso 
mostra que vamos reunir todos os prefeitos em torno de uma entidade”, afirmou. 
Cardoso defendeu entre suas propostas, a criação de um banco de projetos de 
captação de recursos de programas e emendas do Orçamento Geral da União e do 
Estado; a ampliação da assessoria jurídica “para dar suporte aos prefeitos 
evitando a rejeição de contas por questões mais burocráticas”, mudanças na Lei 
de Responsabilidade Fiscal.
A gestora de Cardeal da Silva ressaltou ontem que o fato de já ter 
concorrido outras vezes, quando conseguiu se tornar 1ª secretária e depois 
vice-presidente o credencia para o páreo. Segundo ela, o seu concorrente teria particiapdo das mesas de negociações e quando foi batido o 
martelo em torno de seu nome, ele recuou, reafirmando um projeto 
próprio.
“Ele foi precipitado. Poderia ter sido o candidato único desde que não 
fizesse acordos com algumas lideranças (oposição). A gente não pode agradar a 
Deus e o Diabo ao mesmo tempo”, alfinetou.
Entre suas propostas, Quitéria enfatiza a reforma tributária, a modernização 
da UPB, com a escola de gestão para trabalhar com as gestões dos municípios de 
forma mais eficiente, além da política de fortalecimento de todas as regiões do 
Estado, com a descentralização da sede e realização de reuniões nos territórios 
e associações.