30/10/2012 | POLÍTICA
                        
                        
                        
                            
                            
                            O projeto de lei que redistribui os royalties do petróleo (PL 2565/11, do 
Senado) está pautado para quarta-feira (31) no Plenário. A inclusão na pauta foi 
anunciada pelo presidente da Câmara, Marco Maia. A análise do projeto, porém, 
depende de um requerimento de urgência, que precisa de 257 votos favoráveis para 
ser aprovado.
A proposta dos royalties poderá ser discutida se os 
deputados liberarem a pauta. Para isso, precisam votar a Medida Provisória 
574/12, que tranca os trabalhos das sessões ordinárias. A votação da MP está 
prevista para hoje (30). A medida autoriza a renegociação de dívidas 
de estados e municípios relativas ao Pasep, tributo usado para financiar o Fundo 
de Amparo ao Trabalhador (FAT).
A comissão mista que analisou a MP 
aprovou o parecer do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO). No texto, Mabel aumenta o 
prazo final para adesão à renegociação, de 28 de setembro deste ano para 31 de 
janeiro de 2013. Ele também reabre a data para renegociação de dívidas rurais, 
cujo prazo final passa a ser 31 de agosto de 2013; e para outros parcelamentos 
(Refis, Paes e Paex, por exemplo) até 31 de janeiro de 2013.
As dívidas 
com o Pasep poderão ser quitadas em 180 prestações (15 anos) por meio de 
retenção mensal de parte da parcela a que os entes federados têm direito dos 
fundos de participação dos estados (FPE) e dos municípios (FPM).
Royalties do 
petróleo
Desde a chegada à Câmara do Projeto de Lei 2565/11, do Senado, 
um grupo de trabalho discute novas fórmulas para redistribuir os royalties do 
petróleo e beneficiar estados e municípios não produtores. As mudanças atingem 
tanto o petróleo explorado por contratos de concessão quanto aquele que será 
extraído sob o regime de partilha.
Apesar das várias reuniões do grupo, 
ainda não há um acordo entre os estados produtores, principalmente Rio de 
Janeiro e Espírito Santo, sobre a repartição dos royalties com estados e 
municípios distantes das plataformas produtoras.
De acordo com a última 
versão do substitutivo do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), no caso dos 
contratos de concessão, as mudanças atingem apenas o petróleo extraído da 
plataforma continental (mar), seja da camada pré-salou não. Os estados 
produtores passarão de 26,25% do montante para 21% em 2013 e 11% em 2020. Os 
municípios produtores ficarão com esses mesmos percentuais. Hoje, eles também 
têm 26,25% dos royalties distribuídos.
Dois fundos especiais, um para 
estados e outro para municípios, distribuirão recursos (15% dos royalties cada 
um) segundo os critérios dos fundos de participação dos estados (FPE) e dos 
municípios (FPM), respectivamente.
Um mecanismo de compensação prevê que, 
até o ano de 2023, as receitas anuais de royalties recebidas pelos estados e 
municípios produtores não poderão ser inferiores ao que recebiam em 2011.