O governo federal poderá repactuar as dívidas dos estados e 
municípios com o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). As conversas 
estão sob a condução do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que justifica a 
necessidade de renegociar essas dívidas devido à desoneração fiscal promovida 
pelo Executivo, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) 
para automóveis e a desaceleração da economia. 
O parlamentar disse que o assunto já foi conversado com 
autoridades do Ministério da Fazenda e com o vice-presidente, Michel Temer. Jucá 
acrescentou que a presidenta Dilma Rousseff também “foi sensível a essa 
questão.” 
Com o Ministério da Fazenda, segundo ele, o tema está sob 
avaliação com o secretário executivo Nelson Barbosa. O senador ressaltou que a 
Receita Federal também estuda fórmulas sobre a questão. 
Com a queda nas arrecadações do Fundo de Participação dos 
Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) decorrentes de 
perdas de receita e desonerações fiscais, os valores das parcelas das dívidas 
dos estados e municípios com o INSS cresceram. 
“Esses parcelamentos, que representavam 7%, 8%, 10% [da 
arrecadação], passam agora a representar 22%, 25%, 30%, mas estão sendo 
bloqueados na boca do caixa do FPM e isso está inviabilizando, principalmente os 
municípios”, justificou Jucá. As informações são da Agência Brasil.