10/12/2012 | ECONOMIA
                        
                        
                        
                            
                            
                            O semiárido baiano dará espaço a um novo conjunto de parques eólicos, que geram 
energia elétrica a partir da força dos ventos. Dando prosseguimento ao seu plano 
de expansão em território baiano, a Renova Energia iniciou oficialmente ontem as 
obras de 15 novos parques eólicos que vão compor o complexo Alto Sertão II, na 
região da Serra Geral, sudoeste do Estado.
Num investimento de R$ 1,4 
bilhão, o complexo terá uma capacidade instalada de 386,1 megawatts - energia 
suficiente para abastecer uma cidade com cerca de dois milhões de habitantes. Os 
parques estão sendo erguidos nos municípios de Caetité, Guanambi, Igaporã e 
Pindaí, com previsão de geração de 1,3 mil empregos diretos durante a 
construção.
Ao todo, o complexo Alto Sertão II prevê 230 aerogeradores 
para geração de energia dos ventos. Os equipamentos foram encomendados junto à 
multinacional norte-americana General Eletric (GE), num investimento de R$ 820 
milhões. "Estamos com o contrato já fechado para o fornecimento dos 
equipamentos", afirma o diretor de Meio Ambiente da Renova Energia, Nei 
Maron.
O complexo eólico é resultado do Leilão de Energia de Reserva, de 
2010, e Leilão de Energia Nova, de 2011, onde a Renova arrematou, 
respectivamente, seis parques com capacidade de 167,7 megawatts, e nove parques 
que vão gerar 218,4 megawatts.
Com os leilões, a energia que será gerada 
pelos parques já está comercializada para atender ao mercado regulado. Os 
primeiros seis parques serão entregues em setembro do próximo ano e os outros 
nove em março de 2014. "Vamos atender fielmente os prazos estabelecidos", 
garante Maron.
O Alto Sertão II vem se somar ao conjunto de parques 
eólicos Alto Sertão I, inaugurado pela Renova Energia em julho deste 
ano.
Transmissão - Mesmo prontos há cinco meses, os parques ainda não 
estão distribuindo a energia gerada pelos ventos por conta de atrasos na 
construção da linha de transmissão entre Igaporá e Bom Jesus da Lapa, a cargo da 
Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). Desta forma, o governo 
federal, por força de contrato, está pagando por uma energia que não está sendo 
consumida, num prejuízo semestral de cerca de R$ 100 milhões.
Para o 
diretor da Renova, Nei Maron, os atrasos da Chesf não devem se repetir nas 
linhas de transmissão que vão atender a Alto Sertão II. "As informações que 
temos é que a estrutura de transmissão e subestações estarão prontas no período 
correto. Estamos confiantes no cumprimento do contrato".
Sobre as linhas 
que vão atender o complexo Alto Sertão I, Maron é mais cauteloso: "Sabemos que a 
parte da arqueologia e das licenças está superada. Mas não sabemos mais que isso 
porque o empreendimento não é nosso", disse.
Em novembro, o governo 
baiano e a Chesf assinaram um termo de cooperação para agilizar a implantação 
das linhas de transmissão. A parceria tem como objetivo destravar os 
licenciamentos das linhas já licitadas e fazer o licenciamento prévio de áreas 
que poderão vir a abrigar linhas de transmissão no futuro. (Fonte: A 
Tarde)